Autismo e maternidade solo

24/08/2024TEA no Dia a Dia0 Comentários

A maternidade é, por si só, um momento de muitos desafios para mulheres. Quando falamos de mães solo, o caminho é ainda mais complexo. Mas, e quando essa mãe precisa criar sozinha uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA)? Essa é a história de várias mulheres e precisamos falar sobre isso.

A depender da rede de apoio dessa mãe e do nível de autismo da criança, as transformações podem afetar até mesmo a geração de renda dessa família, com impactos desgastantes para mãe e filho, em uma rotina intensa de cuidados e descobertas desafiadoras.

Ser uma mãe atípica e sozinha pode se tornar uma experiência bastante solitária e dolorosa. Sabemos que o amor, muitas vezes, move essas mulheres que se desdobram para, literalmente, não deixarem a peteca cair, em uma sociedade ainda preconceituosa, com poucos espaços adaptados a indivíduos neurodivergentes.

Mas, para melhor cuidar e formar um filho(a), é recomendado que a mãe esteja bem emocionalmente e fisicamente. E, assim, a pergunta que fica é: quem cuida de quem cuida?

Mais do que nunca, grupos de apoio e uma rede de suporte fazem toda a diferença, bem como a criação de políticas públicas que olhem para essa realidade que molda o futuro de muita gente.

É preciso ainda que essa mãe seja assistida no que diz respeito ao diagnóstico e acompanhamento dessa criança com TEA. Sem dizer que, muitas vezes, há outros irmãos, com o transtorno ou não, que também merecem atenção. Tanta pressão pode fazer com que essas mulheres se sintam culpadas por não darem conta de tudo. 

Para mães de filhos com TEA, principalmente as mães solo, cuidar da saúde mental é essencial para melhor administrar as situações do dia a dia e ter um olhar amoroso e acolhedor para si. Essas mulheres precisam de uma rede de apoio que contemple o aspecto psicológico, afetivo e até financeiro. 

Trocas de experiências, contato com quem vive a mesma jornada e acompanhamento profissional são muito importantes nesse processo.

Sugestões de leitura:

  • Maternidade atípica: viajando por um caminho alternativo, por Angélica Freitas
  • Pontos de afeto: lições da maternidade atípica, por Mônica Pitanga
  • Querida Mãe Atípica, por Chris Fonseca

 

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