Transições escolares no autismo

13/09/2024TEA no Dia a Dia0 Comentários

A transição escolar costuma ser um momento cheio de incertezas, principalmente para crianças com autismo e suas famílias. Mas, com estratégias adequadas e acolhimento, essa experiência pode ser positiva e de muito aprendizado. O envolvimento ativo dos pais, em conjunto com a escola, é muito importante.

Cada criança, mesmo dentro do Transtorno do Espectro Autista, é única. Por isso, não há uma receita de bolo e sim orientações que podem contribuir, levando-se em conta as particularidades de cada um. Em comum, no entanto, o fato de que a comunicação afetiva faz toda diferença. Paciência e apoio são essenciais também. 

Transições na jornada educacional

A jornada educacional de qualquer criança é cheia de desafios, assim como para os pais. No caso de crianças com autismo, sabemos que elas costumam ter dificuldade para lidar com mudanças de rotina ou de ambiente, demandando previsibilidade, sempre que possível. Sendo assim, é importante que a mudança não chegue de forma abrupta.

Todo cuidado é importante, pois momentos de transição para pessoas com TEA podem significar experiências de estresse e ansiedade. Transições são comuns no dia a dia escolar, a exemplo de deslocamentos para atividades dentro ou fora da sala de aula.

Avisar as crianças com autismo sobre algo fora da rotina que esteja por vir, bem como sobre o tempo restante de uma atividade, é uma estratégia que ajuda. Afinal, crianças com TEA podem ter mais dificuldade em mudar a atenção de uma tarefa para outra ou em mudar de rotina.

Estratégias para apoiar a transição escolar 

As transições visuais podem ajudar, tais como:

  • Um temporizador que mostra quanto tempo falta; 
  • Uma lista de tarefas que são removidas até desaparecerem, sinalizando a hora de fazer a transição; 
  • Programação visual, para que o aluno(a) veja a sequência de atividades que ocorrerão durante um determinado período de tempo;
  • Objetos, imagens, ícones ou palavras que o aluno(a) possa ver ou segurar para compreender a hora de alguma transição.

Além disso, é bom lembrar de:

  • Mudar uma coisa de cada vez;
  • Ter atenção aos sinais de ansiedade e desregulação;
  • Dar tempo ao aluno(a) para planejar e processar a mudança;
  • Ter uma comunicação direta e clara. Confusão, insegurança e inconsistência nas dinâmicas podem deixar o aluno(a) confuso(a), inseguro(a) e irritado(a); 
  • A consistência e a uniformidade ajudam o cérebro a entender a transição de forma mais amigável;
  • É importante ter suavidade e acolhimento durante os processos, envolvendo pais, educadores e escola. 

 

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