Autismo e Criatividade
O autismo pode afetar o desenvolvimento social e comunicativo de indivíduos. Porém, o que muita gente pode ainda não saber, é que é comum que essas pessoas tenham habilidades diferenciadas. Por meio de expressões artísticas, muitas vezes, percebemos talentos e criatividade de sobra.
A arte, em suas diferentes possibilidades, é um meio poderoso para que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) expressem sentimentos e formas de ver o mundo. A partir das mais diversas manifestações e criações, pessoas com autismo conseguem expressar pensamentos, experiências e percepções que talvez não conseguiriam por meio de palavras.
Mais criativos
Pesquisas do Departamento de Psicologia da Universidade de Stirling na Escócia revelam que pessoas com TEA têm mais habilidade para propor soluções criativas para problemas de difícil resolução. Foram 312 indivíduos avaliados e os pesquisadores concluíram que pessoas com autismo se saíram melhor em testes de criatividade.
Expressão
Para muitos indivíduos com TEA, a arte é um meio de comunicação. E aqui estamos falando de pintura, música, ilustrações, esculturas e por aí vai.
Para além da arte, o fazer artístico em si já pode ser entendido como uma ferramenta terapêutica – assim como ocorre com pessoas que não tenham TEA. Mas, no caso das pessoas com autismo, isso ganha ainda uma importância maior, uma vez que a prática artística contribui também para habilidades motoras e outras, como concentração, interação e desenvolvimento emocional.
Não à toa, tem sido cada vez mais comum talentos com TEA chamarem a atenção por suas criações. Muitos, inclusive, já ganharam notoriedade internacional, sempre com olhares inovadores, que enriquecem o cenário artístico global.
Como, por exemplo, Marina Amaral, colorista digital reconhecida pelo mundo e diagnosticada com autismo. Leia um pouco sobre a historia dela: https://autismoerealidade.org.br/2024/03/29/a-cor-do-talento/
Incentivo
Por isso, sempre vale incentivar pessoas com autismo a terem contato com a arte, desde a infância. Não se trata de impor algo, mas sim de apresentar um universo lúdico e cheio de possibilidades. Isso, sem dizer de atividades em escolas e espaços de trabalho e políticas voltadas para essa população.
Na infância, algumas atividades que podem ajudar a aguçar a criatividade:
- Brinquedos que misturam diferentes texturas;
- Jogos de memória;
- Livros ou contação de histórias;
- Blocos de montar;
- Pintura e desenho;
- Musicoterapia.
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