Autismo e Faculdade: desafios e avanços

23/08/2024TEA no Dia a Dia0 Comentários

A vida universitária costuma ser um momento de transformações na jornada de qualquer um. Trata-se de um importante marco da chegada da vida adulta, pautado por uma escolha que pode ditar o rumo do futuro profissional e pessoal do indivíduo. Quando pensamos em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), esse período pode ser ainda mais desafiador.

Muitos chegam à universidade já com o diagnóstico de autismo, enquanto outras pessoas descobrem o TEA durante o curso ou mesmo anos depois. Seja como for, a experiência de estar por alguns anos em uma graduação para se preparar para o mercado de trabalho pode ser ainda mais difícil para pessoas neurodivergentes, diagnosticadas ou não. 

Inclusão em todas as áreas

Aumentou o debate sobre o transtorno e a sensibilização da sociedade, o que ajuda no enfrentamento a estigmas e preconceitos, mas estamos só no começo da caminhada. Quando pensamos na estrutura de ensino de uma universidade, por exemplo, a inclusão precisa estar presente em todas as esferas, refletindo um compromisso institucional contínuo e a colaboração entre educadores, administradores, estudantes, famílias e demais profissionais envolvidos – seja a instituição pública ou privada. 

Compromisso contínuo 

É muito importante também pensar na criação de ambientes de aprendizado adaptados, inclusivos e acolhedores. E isso envolve a criação de uma mentalidade que acolha a diversidade na prática não de forma pontual, mas de maneira perene, sendo incorporada no negócio da instituição como ambiente plural e inclusivo, cumprindo assim um papel essencial na formação de uma sociedade mais cidadã.

Com o advento dos cursos online, para algumas áreas, o acesso à universidade pode ter ficado mais simples. Mas, ainda assim, é preciso pensar em inclusão como linha dorsal dessas relações de ensino-aprendizado, mesmo que mediadas por telas. 

Há que se frisar ainda que, cada indivíduo merece ter suas individualidades respeitadas. Pessoas com TEA possuem habilidades e competências que podem ser melhor compreendidas e aproveitadas de forma a somar na vida do indivíduo e no seu papel coletivo enquanto estudante e futuro profissional. 

Espera-se também que as políticas públicas avancem para que a educação inclusiva seja cada vez mais acessível, abraçando a diversidade.

A seguir, dicas importantes para pessoas com autismo na hora de buscarem um curso superior: 

 

  • Opte por uma área que, além de estar de acordo com suas habilidades, seja relacionada a uma vida profissional alinhada ao que se busca viver no futuro; 
  • Verifique se a instituição possui suporte a alunos com TEA ou necessidades específicas e um ambiente acolhedor e amigável.

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *