Instituto PENSI apoia projetos para detectar sinais precoces de TEA

8/04/2020Diagnóstico0 Comentários

Iniciativas estudam técnicas para antecipar o diagnóstico e tratamentos do autismo

O Instituto PENSI incentiva projetos voltados ao diagnóstico precoce de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Instituição criada pela Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES) se dedica a pesquisa e ensino em saúde infantil desde o início de duas atividades, em 2012. No entanto, foi em 2015, quando o Autismo e Realidade, se integrou à FJLES, que o TEA se transformou em uma nova frente de trabalho do Instituto PENSI, que passou a promover pesquisas científicas e cursos de EAD voltados para profissionais de saúde e educação especializados no transtorno.

O Instituto coordena atualmente duas iniciativas para melhorar a capacidade de adaptação e a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com TEA  e de seus familiares, investindo em técnicas de diagnóstico.O projeto “Eye Tracking”, elaborado pelo Núcleo de Primeira Infância e Neurodesenvolvimento, foi aprovado pelo Ministério da Saúde no âmbito PRONAS/PCD (Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência), e terá início este ano. O projeto será desenvolvido em parceria com a ONG Rainha da Paz, responsável por que cuida de sete Centros de Educação Infantil (CEI), na zona sul da cidade de São Paulo.

A iniciativa pretende utilizar a técnica do Eye Tracking, associada à escala CARS, para detectar precocemente sinais de autismo, avaliando inicialmente 1055 crianças. As crianças com diagnóstico confirmado participarão do trabalho de intervenção precoce por meio da Análise Aplicada do Comportamento (também conhecido como método ABA), com enfoque no treino de atenção visual e atenção compartilhada.

Instituição também treina voluntários e oferece cursos da área médica

O segundo projeto dedicado ao autismo é a formação do centro de referência piloto para detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista. Com estrutura para diagnóstico e atendimento multiprofissional, a iniciativa também é elaborada pelo Núcleo de Primeira Infância e Neurodesenvolvimento do Instituto PENSI, no âmbito PRONAS/PCD. A proposta é realizar o método ABA (Applied behavioral analysis), que consiste no acompanhamento semanal, por meio de atendimento com equipe multiprofissional (fonoaudiólogo, psicólogo, terapia ocupacional, neuropsicólogo), a fim de promover a capacidade de adaptação e a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com TEA. O projeto prevê acompanhamento de 30 crianças e a realização de 120 atendimentos/mês.

As letras que formam a sigla do Instituto PENSI significam pesquisa e ensino sobre saúde infantil. O instituto tem a missão de oferecer excelência em pesquisa, disseminação do conhecimento, voluntariado e projetos sociais voltados ao desenvolvimento da saúde das crianças. A ideia por trás de tudo é que uma infância saudável favorece a construção de uma sociedade melhor.

O instituto conta com um Centro de Ensino e Educação Continuada focado no aprimoramento dos profissionais da saúde, que promove cursos presenciais e à distância, simpósios e congressos e oferece também estágios, programas de residência médica e pós-graduação. Entre eles, há simpósios sobre TEA, que tratam de temas como os  desafios do diagnóstico do autismo na infância e na adolescência, os avanços científicos sobre TEA, o uso de tecnologia nos diagnósticos, a orientação de pais e irmãos, a capacitação de pais e professores e a inclusão escolar.

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