Ansiedade em crianças com TEA: desafios e estratégias
Assim como em jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a ansiedade tem sido observada com frequência elevada em crianças, podendo impactar significativamente o desenvolvimento emocional, social e comportamental desses indivíduos. Portanto, é essencial buscar caminhos para melhor lidar com essa condição que pode acabar afetando toda a família.
TEA e Ansiedade
Crianças com autismo regularmente enfrentam dificuldades em lidar com mudanças ou em interpretar sinais sociais e também no processamento de estímulos sensoriais, o que por vezes contribui para o aumento da ansiedade. Mudanças inesperadas na rotina, sobrecarga sensorial ou interações sociais complexas podem ser gatilhos. Esse vínculo também se intensifica devido à prevalência de pensamentos rígidos e dificuldade em antecipar eventos futuros, característicos do TEA.
Comportamento e Desenvolvimento
A ansiedade se manifesta de várias formas em crianças com TEA, incluindo isolamento social, comportamentos repetitivos exacerbados e por vezes hostilidade. Essas manifestações podem dificultar o engajamento social, a aprendizagem e a exploração de novos ambientes, e consequentemente afetar o desenvolvimento global da criança.
Diagnóstico
Diagnosticar ansiedade em crianças com TEA pode ser desafiador, pois os sintomas às vezes se sobrepõem aos do próprio espectro: crises de choro ou comportamentos de fuga muitas vezes são interpretados erroneamente como parte do TEA em vez de sinais de ansiedade, por exemplo. Vale frisar: abordagens multidisciplinares, que incluem psicólogos e psiquiatras especializados, são essenciais para uma avaliação precisa e proposta de intervenção
Terapias e Abordagens Comportamentais
Terapias comportamentais, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), são amplamente recomendadas. Elas ajudam as crianças a desenvolver habilidades de enfrentamento e a reduzir a ansiedade. Estratégias específicas incluem a criação de histórias sociais para preparar a criança para situações novas e o uso de reforços positivos para promover comportamentos desejáveis. No caso de crianças é importante que a família se envolva no processo, até para entender como conduzir a rotina da melhor forma.
Família é essencial
Pais e cuidadores desempenham um papel central no manejo da ansiedade. Procure saber mais sobre programas de capacitação parental e técnicas práticas para ajudar a criança em casa, como criar um ambiente previsível e seguro, estabelecer rotinas e identificar sinais de ansiedade antes que ela se intensifique.
A combinação entre abordagens terapêuticas e suporte familiar oferece os melhores resultados no controle da ansiedade em crianças com TEA.
Referências
- Autismo e Realidade: Transtorno do Espectro Autista e Transtorno de Ansiedade
- Instituto NeuroSaber: Ansiedade no autismo: Como lidar
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