Fique atento: ozonioterapia não é indicada por médicos
Prática é vetada pelo CFM fora de estudos clínicos controlados
Recentemente, o jornal O Globo publicou uma reportagem importante sobre o uso da ozonioterapia para o tratamento de pessoas com autismo e câncer. Apesar de diversas clínicas oferecerem o serviço no país, a prática é desaconselhada por especialistas e vetada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) fora de estudos clínicos controlados.
Escrita pela jornalista Mariana Rosário, a reportagem reforça que todas as máquinas de ozônio liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possuem uso autorizado apenas para fins estéticos (como na limpeza de pele) e na odontologia.
Neurologista do Instituto Pensi, Carlos Takeuchi define tratamento como “picaretagem”
De acordo com o texto, defensores da prática dizem que o uso de ozonioterapia por autistas promoveria uma melhora global na oxigenação cerebral, traria benefícios ao sistema circulatório, entre outras áreas. Outros sugerem que o oxigênio ajudaria no atraso da fala, um problema comum às pessoas que têm transtornos classificados como parte do espectro autista.
“É uma picaretagem. O transtorno do espectro autista não tem tratamento. O que há são medicamentos que amenizam os sintomas, e se criança não tem sintomas fazemos a terapia comportamental e fonoaudiológicas”, diz o Dr. Carlos Takeuchi, neurologista do Instituto Pensi.
O texto também traz o posicionamento de outros grandes especialistas no assunto.
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