Diferenças entre os termos neurotípico, neurodiversidade e neuroatípico
Saiba como usar cada termo da forma correta
Para esclarecer qualquer dúvida sobre a adoção dos termos mais corretos para se referir a pessoas com autismo, sem autismo ou com outros tipos de transtornos, elencamos definições simples para você se lembrar no dia a dia.
Neurotípico
É um termo que se refere a sujeitos que apresentam desenvolvimento e funcionamento neurológico típico, isto é, dentro dos padrões regulares. Podemos utilizar esse termo para mencionar, por exemplo, um adulto ou uma criança funcional que não apresenta alterações significativas na memória, atenção, cognição e assim por diante.
O termo neurotípico denomina indivíduos que não manifestam alterações neurológicas ou do neurodesenvolvimento, como o autismo.
Autistas são consideradas pessoas neuroatípicas; todos nós, neurotípicos e neuroatípicos, somos neurodiversos
Neurodivergente
Conceito utilizado para designar pessoas que apresentam alterações no funcionamento cognitivo, comportamental, neurológico e neuro anatômico. Ou seja, se referem a alterações como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Síndrome de Tourette, Depressão, Dislexia, Esquizofrenia, entre outros.
Neuroatípico
É o termo utilizado para nomear sujeitos diagnosticados com TEA.
Esses conceitos ampliam a visão sobre as características individuais, que podem ser vistas como diferenças e não como déficits. Uma criança com alterações de aprendizado e raciocínio, por exemplo, é neurodivergente, pois o seu funcionamento escapa ao esperado.
Neurodiverso
O termo neurodiverso se refere a todas as composições neurológicas humanas. A neurodiversidade é um conceito registrado pela primeira vez na década de 1990 pela socióloga australiana Judy Singer. Assim como a biodiversidade inclui aranhas, fungos, flores e tudo que há na natureza, a neurodiversidade inclui neurotípicos e neuroatípicos. Todos somos neurodiversos.
Escrito por Clarisse Sá, Teia.Work
Yasmine Martins
Psicóloga Clínica formada pelo Centro Universitário São Camilo, com especialização em Neuropsicologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), aprimoramento em Psicologia Hospitalar e mestrado em Ciências da Saúde Infantil no Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (IAMSPE). É doutoranda em Saúde Baseada em Evidências na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
0 comentários