Os riscos que cercam as crianças autistas
Pais com filhos portadores de TEA se preocupam principalmente com fugas e acidentes.
Uma das doenças que mais preocupa o pediatra é o espectro autista que parece aumentar no mundo, com estimativas de afetar quase 70 milhões de pessoas. Curiosamente, os pais de crianças com Transtornos do Espectro Autista (TEA) relatam que, muitas vezes, os filhos se colocam em perigo por vaguear ou “fugir”. E pela primeira vez, um estudo determinou a frequência desses episódios nos pequenos com TEA e do impacto sobre eles e suas famílias.
O estudo Occurrence and Family Impact of Elopement in Children with Autism Spectrum Disorders, da revista Pediatrics, foi financiado por organizações de defesa ao autismo e liderado e conduzido pela Rede Autismo Interativo do Instituto Kennedy Krieger nos EUA. Pesquisadores entrevistaram 1.367 famílias com crianças entre as idades de 4 e 17 anos com diagnóstico de TEA. Quase metade (49%) das famílias relatou que o filho tinha tentado fugir pelo menos uma vez depois dos 4 anos de idade, e muitas crianças desapareceram tempo suficiente para causar preocupação. Em mais de um terço dos casos, inclusive, foi necessário o envolvimento da polícia.
Metade dos pais não recebeu orientação de como lidar com a fuga do filho autista.
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Dr. José Luiz Egydio Setúbal
Médico
Médico e presidente da Fundação José Luiz Egydio Setúbal que é um fundo patrimonial familiar dedicado à causa da saúde infanto-juvenil no Brasil.
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