Autismo: diagnóstico na vida adulta
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição para a vida toda e, ao contrário do que muita gente pode pensar, nem todo diagnóstico é feito na infância. Tem sido cada vez mais comum jovens e adultos diagnosticados com TEA.
Vale dizer que cada pessoa tem suas singularidades e que o caminho para um diagnóstico correto nem sempre é fácil ou rápido. Nesse meio tempo, a vida vai seguindo, muitas vezes, com responsabilidades comuns a essa fase. Os adultos com autismo costumam relatar dificuldades com administração do tempo, organização de tarefas da vida diária e demandas sociais.
Avaliações em adultos e idosos com TEA mostram que são comuns desafios como: dificuldades da atenção sustentada, memória de trabalho, fluência verbal, capacidade diminuída da atenção visual seletiva e atenção dividida. Isso sem falar de situações sociais e interações interpessoais, que acabam impactando os adultos dentro do espectro.
O tratamento, vale reforçar, é individualizado, multidisciplinar e baseado em evidências, e pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente – contribuindo para melhor compreensão de suas características e visão de mundo.
Adultos com TEA independentes
Quanto antes o diagnóstico, mais cedo podem começar intervenções focadas em melhorar o dia a dia dos adultos com TEA. Um número cada vez maior vai para a faculdade, avança profissionalmente e constitui família e se muda para outra residência, mesmo que com apoio – em diferentes níveis.
O maior debate sobre o tema, a maior adaptação de ambientes (como os de trabalho e estudo), e a crescente conscientização sobre o autismo é um ponto muito positivo. Incluir é preciso. Cada pessoa com autismo é uma e todas são diferentes. Mas, o que é comum é a importância do respeito, da inclusão e do avanço de políticas públicas destinadas a quem tem TEA.
Prezados Senhores,
Moro no Rio de Janeiro, na Zona Sul e meu neto de 26 anos pediu para morar comigo.
Quando criança, eu estava sempre presente na vida dele e do irmão 02 anos mais velho. Não notei nada diferente de outras crianças, mas ao entrar na adolescência, ficou arredio, nas reuniões de família trajava sempre uma roupa velha e um casaco com capuz, onde escondia o olhar.
Meu filho e nora nunca comentaram nada, diziam que era da idade… como nessa época eu trabalhava muito, não prestava muita atenção.
Bem, os pais se mudaram para a o exterior e ele quis ficar comigo.
Estou aposentada e na primeira semana notei que ele tinha todo comportamento de todo pouco que eu conhecia sobre TEA.
Apesar de seus 26 anos, pediu para decorar o quarto com luzes coloridas e pinturas feitas por ele mesmo no computador. (conseguiu se formar na PUC em Design Gráfico), mesmo detestando o curso, suas notas foram altíssimas, CR acima de 8,5
Eu preciso de ajuda para ter um diagnóstico e orientação. O Plano de Saúde é a Sul América.
Por favor, os pais não querem conversar sobre o assunto, nem o resto da família…