O que esperar à medida que as pessoas com TEA envelhecem?
O que esperar à medida que as pessoas com TEA envelhecem?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) não tem cura e, portanto, é uma condição para a vida toda. Embora muitos estudos sejam focados na infância e adolescência, é essencial compreender como as pessoas com TEA envelhecem, especialmente com o aumento de diagnósticos em adultos. Entender esse processo permite oferecer um suporte mais adequado e promover qualidade de vida.
À medida que envelhecem, indivíduos com TEA podem enfrentar desafios específicos de saúde. Condições como ansiedade, depressão, problemas gastrointestinais, cardiovasculares e alterações no sono costumam ser mais comuns. Além disso, dificuldades na comunicação e sensibilidades sensoriais exigem maior atenção durante as consultas médicas. Por isso, é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados para oferecer um atendimento inclusivo e adaptado às necessidades de cada indivíduo.
Dica: Converse com pessoas que enfrentam desafios semelhantes para trocar experiências e contatos úteis. Encontrar profissionais de saúde qualificados que trabalham com pacientes com Transtorno do Espectro Autista é muito importante.
Como se preparar para uma velhice com mais qualidade?
Preparar-se para a velhice de um familiar com Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve planejamento cuidadoso e suporte contínuo. É fundamental manter o acompanhamento médico regular para monitorar a saúde física e mental. Buscar apoio psicológico pode auxiliar na adaptação às mudanças que o envelhecimento traz.
Manter uma rede de apoio social ativa também é recomendado e contribui para o bem-estar emocional. Família, amigos e a comunidade do entorno desempenham um papel importante ao oferecer suporte e encorajar a interação social nas atividades cotidianas.
Trabalho e independência financeira
Planejar a segurança financeira, incluindo aposentadoria e possíveis benefícios sociais, é essencial, embora desafiador. Portanto, quanto antes começar a planejar, melhor.
Adultos com TEA podem encontrar barreiras na obtenção e manutenção de empregos, muitas vezes devido a preconceitos ou falta de compreensão. No entanto, tem crescido o número de empresas com programas de capacitação e políticas de acessibilidade e inclusão.
Ambientes acessíveis e adaptados
Criar espaços acolhedores é muito importante. Ambientes com pouca sobrecarga sensorial e rotinas estruturadas podem facilitar o dia a dia de uma pessoa com TEA. Modelos de moradia assistida ou independente com suporte adequado são opções que promovem autonomia, embora ainda não estejam amplamente acessíveis no Brasil. Pesquise sobre e veja como isso pode estar alinhado à sua realidade.
Perspectivas para uma vida plena
Apesar dos desafios, é possível promover um envelhecimento saudável e digno para pessoas com TEA. Isso requer adotar ações intersetoriais, o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para esse grupo, avanços em pesquisas que indiquem o caminho para um envelhecimento saudável e ativo, além de mobilização para uma sociedade empática e inclusiva. Investir em suporte contínuo e promover a inclusão em todas as fases da vida permite que indivíduos com autismo vivam com segurança, conforto e pertencimento.
Como sociedade, temos a responsabilidade de acolher e atender às necessidades de adultos e idosos com TEA, garantindo que todos tenham a oportunidade de viver de forma plena e integrada.
Referências
- BIFANO, Jaqueline. Autismo na terceira idade. Disponível em: https://psiquiatrajaquelinebifano.com.br/autismo-na-terceira-idade/.
- THE CONVERSATION. What happens when people with autism grow old? Disponível em: https://theconversation.com/what-happens-when-people-with-autism-grow-old-65572.
- AUTISMO E REALIDADE. Autismo e envelhecimento. Disponível em: https://autismoerealidade.org.br/2024/07/26/autismo-e-envelhecimento/.
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